Violência afasta nordestinos de atividades culturais ao ar livre e templos religiosos lideram como espaços mais frequentados
O clima de insegurança com a violência e aspectos financeiros, como o valor do ingresso e gastos com deslocamento, são os principais motivos para os nordestinos não realizarem atividades culturais presenciais. As igrejas e espaços religiosos são os locais que mais realizam programas culturais na região. Já entre as atividades culturais, cinema e espetáculos de teatro são as atividades menos frequentadas por nordestinos.
Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (28), pelo levantamento ‘Hábitos Culturais’, realizado pelo Observatório Fundação Itaú e Datafolha. A pesquisa entrevistou 2.494, entre 16 a 65 anos, nas cinco regiões brasileiras.
Conforme dados, 37% dos nordestinos são desmotivados a frequentar atividades presenciais referentes a culturas por insegurança e violência, 29% por aspectos financeiros, 26% por cansaço e 25% por disponibilidade horários. O deslocamento entre os equipamentos culturais e a lotação de espaços também foram citados como motivos.
As igrejas ou espaços religiosos, com 59%, praças ou ruas, com 57%, parques, 38%, escolas, 39%, e shoppings, 31%, são os locais que realizam mais atividades ou programas culturais. Os clubes, projetos culturais (ONGs) e as universidades seguem logo atrás na lista.
Entre as atividades culturais presenciais menos frequentes entre os nordestinos estão os festivais de música, com 20%, saraus de poesia, 27%, e festivais literários, 34%. Em relação às populações de outras regiões brasileiras, os nordestinos são os que menos frequentam espetáculos teatrais e cinemas. Eventos em espaços públicos, shows de música, festas populares, como o Carnaval, e circo são as atividades presenciais mais realizadas na região.