Prisão temporária de chinês acusado de ser mandante de incêndios criminosos em Feira de Santana é mantida após audiência de custódia
Acusado de ser o mandante de uma série de incêndios criminosos em Feira de Santana, um chinês de 45 anos vai permanecer preso temporariamente. A decisão foi tomada após audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (22).
O suspeito foi detido na quinta-feira (21), na BR-324, durante a segunda fase da Operação Hu?lóng: Dragão de Fogo, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia, com o apoio de núcleos de inteligência e da CATTI/Sertão.
Conforme apurado pelo site Acorda Cidade, ele é apontado como financiador dos ataques ocorridos em setembro, parte de uma disputa comercial entre empresários chineses na região. Durante a prisão, foram apreendidas duas pistolas Glock e a quantia de R$ 3.200.
“A juíza, neste primeiro momento, decidiu por manter essa prisão pelos fatos que já foram explanados na decisão de decreto temporário. Essa decisão, inclusive, é sigilosa para preservar as investigações, que ainda contam com mandados pendentes de cumprimento”, afirmou o advogado do suspeito, Rafael Esperidião.
A prisão foi decretada inicialmente por cinco dias, mas poderá ser prorrogada por mais cinco, dependendo de novas decisões judiciais.
Segundo Esperidião, o caso segue sob sigilo judicial. Ele afirmou que não teve acesso ao processo na íntegra. Segundo o advogado, durante a audiência de custódia, o cliente encontrou dificuldades por conta da barreira linguística e negou envolvimento nos crimes.
LEMBRE O CASO
Os incêndios criminosos ocorreram na madrugada do dia 13 de setembro deste ano e destruíram três propriedades de empresários chineses em Feira de Santana. O primeiro ataque atingiu um depósito de produtos importados, no bairro Pedra do Descanso, causando prejuízos estimados em R$ 8 milhões. Outros dois incêndios afetaram lojas no centro da cidade, elevando os danos para mais de R$ 15 milhões.
As investigações apontam que o empresário chinês, residente em São Paulo, teria pago R$ 50 mil para a execução dos ataques, que foram orquestrados com a ajuda de um cabo da Polícia Militar de São Paulo. Ele teria sido o intermediário entre o mandante e os executores.