Estudante da USP é encontrada morta em estacionamento na zona leste de São Paulo
O corpo de Bruna Oliveira da Silva, 28 anos, estudante de mestrado e professora, foi encontrado em um estacionamento próximo à Fatec Itaquera, na zona leste de São Paulo, na noite da última quinta-feira. A vítima estava desaparecida desde o domingo anterior. A mãe de Bruna, Simone da Silva, identificou o corpo pelas tatuagens da filha.
Bruna, que era historiadora, lecionava no colégio Vital Brazil e cursava mestrado em ciências sociais na USP. Ela deixa um filho de sete anos. A Polícia Civil investiga o caso, mas ainda não há informações sobre suspeitos ou a causa da morte.
Segundo a mãe, Bruna passou o fim de semana com o namorado, Igor Sales, no Butantã, e deixou a casa dele de metrô, seguindo até a estação Corinthians-Itaquera. O último contato com a mãe foi por celular, às 22h21. Na estação, Bruna informou que estava com pouca bateria e sem meios de chegar em casa. O namorado fez uma transferência para que ela solicitasse um carro por aplicativo, mas a família não conseguiu mais contato.
A mãe relatou que Bruna não chegou a usar o dinheiro para o aplicativo. A estação Itaquera fica a cerca de 1 km da casa da vítima, enquanto o corpo foi encontrado a 2 km de distância. A família registrou o desaparecimento no dia seguinte, e o DHPP iniciou as investigações na segunda-feira.
A mãe não conseguiu reconhecer o corpo no local, mas teve a certeza de que se tratava da filha. O reconhecimento oficial ocorreu no IML, por meio das tatuagens. O corpo apresentava sinais de agressão.
Emocionada, a mãe clama por justiça e pela identificação dos responsáveis pelo crime. Ela descreve a filha como uma pessoa doce e que não fazia mal a ninguém.
A Secretaria de Segurança Pública informou que a Polícia Militar foi acionada após a localização do corpo e aguarda os resultados dos exames do Instituto de Criminalística e do IML para determinar a causa da morte. O caso foi registrado como morte suspeita no 24º DP e segue sob investigação.
Bruna era formada em história pela USP e havia concluído o mestrado no programa de história social da FFLCH em 2020. Recentemente, foi aprovada no mestrado em mudança social e participação política da EACH-USP. Sua pesquisa era focada na escravidão no Brasil a partir de 1860 e sua cobertura na mídia. A direção da EACH-USP lamentou a morte da estudante e expressou condolências à família e amigos.
