Rompimento de Emicida e Fióti teria sido motivado por desvio de R$ 6 milhões da ‘Lab Fantasma’

A relação profissional e familiar entre os irmãos Emicida e Evandro Fióti, fundadores da Lab Fantasma, chegou ao fim em meio a acusações e disputas judiciais. Evandro Fióti moveu uma ação na 2ª Vara Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem do TJSP após Emicida revogar uma procuração que lhe dava acesso às contas e à gestão da empresa. Fióti busca na justiça o bloqueio das contas da Lab Fantasma, o impedimento de Emicida assinar contratos sozinho, além do restabelecimento de seu acesso aos sistemas da empresa.
Em contrapartida, a equipe jurídica de Emicida acusa Fióti de desviar mais de R$ 6 milhões da empresa entre junho de 2024 e fevereiro de 2025, alegando transferências suspeitas e sem justificativa. Especificamente, são mencionadas quatro transferências de R$ 250 mil e dez transferências de R$ 500 mil.
A defesa de Fióti argumenta que os valores movimentados no início de 2025 foram previamente acordados e que Emicida também teria realizado transações de valores semelhantes no mesmo período. No entanto, não foram apresentadas justificativas para as movimentações financeiras entre junho e julho de 2024.
A Lab Fantasma, criada em 2010, passou por uma reestruturação em 2024, alterando a participação societária: Emicida ficou com 90% e Evandro com 10%. Apesar disso, um acordo estabelecia a manutenção de uma divisão equilibrada por um período de 3 a 6 meses. Fióti alega que, em janeiro de 2025, sua procuração foi revogada e, em março, seu desligamento da empresa foi comunicado internamente.
Após o anúncio oficial do fim da parceria na última sexta-feira, os irmãos ainda não se manifestaram publicamente sobre o caso.