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Polícia Civil fecha consultório odontológico clandestino e prende homem por exercício ilegal da profissão

Publicado em 27/08/2024 às 23:04:55
Polícia Civil fecha consultório odontológico clandestino e prende homem por exercício ilegal da profissão

Uma operação da Polícia Civil, nomeada de “Criminalis Praxi”, interditou um consultório odontológico clandestino, no município de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano. Além da interdição, a ação, que ocorreu na manhã desta terça-feira (27), prendeu um homem em flagrante por exercício ilegal da profissão.

A operação foi deflagrada para cumprimento de mandado de busca e apreensão. Equipes da 1ª Delegacia Territorial de Vitória da Conquista, da 10ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior e da Coordenação de Apoio Técnico e Tático à Investigação (CATTI/Sudoeste) participaram das diligências.

Durante as buscas na clínica, as equipes identificaram alguns produtos com validade expirada e instrumentos odontológicos sem esterilização. O local não possuía licença sanitária e a sala de atendimento foi descrita como “insalubre”, não tendo sido apresentado registro de formação e qualificação do profissional, que não era habilitado para exercer a profissão de dentista nem de técnico em prótese dentária.

Os materiais com validade expirada e uma caixa de perfurocortantes foram apreendidos para serem incinerados. O homem também vai responder pela utilização de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais sem registro no órgão fiscalizador competente, cujas penas máximas somadas podem chegar até 17 anos de prisão.

De acordo com o titular da Delegacia Territorial de Vitória da Conquista, delegado Paulo Henrique de Oliveira, as investigações iniciaram em junho deste ano, quando uma vítima procurou a Polícia Civil e registrou uma ocorrência relatando que em novembro de 2023 pagou R$ 250 por um tratamento de canal com o falso dentista e que já tinha sido atendida por ele outras duas vezes.

“Em decorrência desse procedimento, a vítima ficou com muitas dores, um lado do rosto paralisado e com parestesia, por ter atingido o nervo trigêmeo. Ela deu entrada no dia 2 de dezembro do ano passado em um hospital, ficando 38 dias internada, sendo 12 na UTI, onde precisou fazer traqueostomia para drenagem da infecção local do siso”, detalhou o delegado. Logos após a denúncia, foi instaurado um inquérito policial para apurar as práticas dos crimes de exercício ilegal da arte dentária e lesão corporal de natureza grave por resultar perigo de vida.

Eduardo Spek - Engenheiro de Software
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