Influenciadoras acusadas de 'racismo recreativo' por entregar banana a criança negra faltam audiência

Kerollen Cunha e Nancy Gonçalves, as influenciadoras digitais acusadas de injúria racial e "racismo recreativo" por presentearem crianças negras com bananas e um macaco de pelúcia, faltaram à primeira audiência de instrução e julgamento do caso, realizada na quinta-feira (13), no Fórum de São Gonçalo, Rio de Janeiro.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) entende que a ação das influenciadoras configura racismo, associando de forma preconceituosa pessoas negras a macacos. O MP-RJ busca a condenação das duas e exige o pagamento de R$ 20 mil a cada vítima como indenização por danos morais.

A juíza responsável pelo caso remarcou a audiência para abril. O advogado da família das vítimas, João Marcos Viana de Moraes, levanta a possibilidade de que a ausência das acusadas seja uma estratégia para evitar a Justiça.

O caso ganhou repercussão em 2023, quando Kerollen e Nancy divulgaram vídeos em que abordavam crianças negras em São Gonçalo, oferecendo presentes. Em um dos vídeos, um menino negro escolhe um presente em vez de dinheiro, mas se mostra insatisfeito ao receber uma banana. A atitude foi filmada e divulgada em tom de deboche, sendo considerada ofensiva à dignidade da criança pelo MP.