Entre idas e vindas, Suzana Ramos enfrenta "azarão" do MDB e herdeiro político de Isaac Carvalho filiado ao PSD

Candidaturas instáveis e um eleitorado “atônito”. É assim que fontes locais definem as eleições municipais em Juazeiro, na região norte do Estado. Com o quinto maior eleitorado da Bahia, a Terra das Carrancas hoje possui quatro candidaturas registradas após o término das homologações das chapas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em agosto, sendo que apenas duas delas foram identificadas pelo BN em abril deste ano.

A primeira candidata é a atual prefeita do município, Suzana Ramos (PSDB). Primeira prefeita eleita da cidade, a juazeirense possui uma das candidaturas mais firmes da disputa, tendo o apoio de nove partidos em sua coligação. Nas ruas, a prefeita também tem mostrado força com eventos e caminhadas com apoiadores.

Outra candidatura firme, que se tornou ainda mais encorpada após o início da campanha eleitoral, é a de Marcos Andrei da Silva, o Andrei da Caixa (MDB). Considerado “azarão” na pré-campanha, o candidato lucrou com a rachadura dos candidatos da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdo B e PV) e obteve o apoio de dois dos candidatos da oposição que tiveram seus pleitos negados pelo grupo, os deputados estaduais Roberto Carlos (PV) e Zó (PCdoB), e do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Atualmente, o candidato possui sete partidos em sua coligação, incluindo as Federações Brasil da Esperança e PSOL/Rede.

O terceiro candidato, Celso Carvalho (PSD), não havia sido registrado no último levantamento do BN. Sobrinho do ex-prefeito Isaac de Carvalho, então pré-candidato filiado ao PT, o socialdemocrata recebeu o apoio do ex-gestor. Atualmente, o jovem político, que não possui histórico na política local, possui apenas do apoio do próprio partido.

Por fim, a candidatura de Márcio Jandir (PP) também foi uma surpresa para o eleitorado juazeirense. O partido, que anteriormente estava ligado à base da atual prefeita, decidiu lançar o advogado na disputa já no final do período de pré-campanha. O candidato conta com o suporte do Progressistas, sua sigla, e do Agir.

Sem pesquisas eleitorais sendo divulgadas até então, o “clima eleitoral” de Juazeiro só pode ser sentido nas ruas. Fontes ligadas ao BN na região apontam que apesar da forte movimentação entre os atores políticos na cidade, os cidadãos observam “tímidos” as mudanças. Sem nenhum favoritismo gritante, o resultado das urnas parece ser um mistério até para os caciques da política local e apontariam para um segundo turno, caso o município estivesse apto.