Eduardo Sodré fala em integração de poderes e pastas para enfrentamento de desastres climáticos na Bahia

Titular da Secretaria Estadual do Meio Ambiente desde janeiro de 2023, o advogado e especialista em Direito Ambiental, Eduardo Sodré, aponta que o problema é “transversal” e requer uma atuação integrada entre os poderes estaduais e municipais e das pastas do Executivo.

Ele comenta sobre o histórico estadual com relação a eventos climáticos extremos e define as ações para a prevenção aos desastres climáticos no estado. “Ao que nos cabe, a gente tem que trabalhar o nosso Plano de Ação as Mudanças Climáticas. Nosso plano já está sendo feito e a gente dá suporte aos municípios. A gente tem aqui uma Coordenação de Segurança de Barragens, a gente faz aqui o monitoramento das barragens do estado, a gente tem o monitoramento também meteorológico. Mas é óbvio, a gente precisa entender que se tem que ter uma questão envolvendo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado, mas também as secretarias municipais, a Defesa Civil, para poder aprender com os erros do passado e não permitir que aconteça novamente”, detalha.

Citando o caso de Jequié, município que em 2022 sofreu com os resultados da pior enchente vista há mais de 30 anos na região, Sodré conta ainda que o trabalho em conjunto se torna ainda mais necessário nesses casos.

“Seja do ponto de vista da contenção de encostas, de escoamento de esgoto, canais fluviais, pluviais, enfim toda essa parte necessária para o bom funcionamento do município, tem que se pensar porque se você for olhar os dados em 80%, 75% das vezes [os desastres climáticos] acabam acontecendo nos mesmos locais. Então a gente sabe como é, a melhor forma de prevenir e não cabe só ao Meio Ambiente, é transversal. Não é só uma ação nossa que vai resolver para um município”, diz.