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'Precisamos estimular a modalidade', diz Lindsay Camila sobre investimento do futebol feminino no Brasil

Publicado em 27/05/2024 às 23:58:55
'Precisamos estimular a modalidade', diz Lindsay Camila sobre investimento do futebol feminino no Brasil

Convidada do Podcast BN na Bola desta segunda-feira (27), a treinadora Lindsay Camila, da equipe feminina do Bahia, foi questionada sobre a forma na qual vem crescendo o futebol feminino em outros países, tendo como exemplo a final da Champions League feminina, que ocorreu no último sábado (25), entre Lyon e Barcelona, levando um público de mais de 50 mil torcedores. A comandante tricolor deu a sua visão do que é preciso para que a modalidade no Brasil alcance o mesmo nível de investimento e interesse. 

 

''Eu acho que é o que a Inglaterra e França estão fazendo. Nós precisamos estimular a modalidade. Falei que nós não vendemos ainda o futebol feminino como deveríamos, porque a gente não tem, por exemplo, uma bola boa pra jogar, ou até mesmo a comida. Eu sempre brinco que lá no Bahia a gente come picanha e no outro dia salmão, mas tem dias que podemos comer os dois juntos, a gente pode escolher (...). Para que a gente tenha atletas, nós precisamos ter estrutura. A gente tem estrutura onde uma atleta bem treinada vai conseguir performar bem, e performando bem, vai apresentar um bom futebol . Pra apresentar um bom futebol eu preciso ter público, e para eu ter público preciso apresentar um bom futebol, pra apresentar um bom futebol preciso de comida, estrutura e preciso da base. Preciso da base para que eu tenha meninas e não precise pagar 15,20 ou 30 mil numa atleta que vai jogar uma temporada e vai sair fora. É um ciclo ou um circulo que eu preciso ter onde começa e onde recomeça. Eu acho que pra que a gente tenha, nós precisamos das estimulações que estão tendo um pouco na Confederação'', explicou a técnica.

 

Lindsay também relembrou o período em que o Campeonato Brasileiro Feminino passou a ser melhor elaborado e mais profissionalizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

 

''Há cinco anos, desde 2018 pra cá, nós passamos a ter um Brasileiro de verdade. Não era esse o modelo de Brasileiro que tínhamos, passou a ser um campeonato de primeira fase, onde todos jogam contra todos, com quartas, semis e final. Nós não tinhamos isso, nosso primeiro torneio de base no Brasil, com chancela da CBF, se eu não me engano foi em 2019. A gente já tinha Copa do Mundo Sub-17, Copa do Mundo Sub-20, ficamos em terceiro em 2006 e agora em 2022 e não tinhamos campeonatos nacionais. Como você vai captar atleta? Como eu vou ter um atleta que vai representar a minha equipe? Por quê que eu vou fazer um time de base se eu não tenho campeonato nacional? Hoje graças a Deus a gente tem. Então são iniciativas como essas que farão como que tenhamos mais atletas, trazendo jogos da seleção. Fiquei muito contente quando eu soube que o estado de Pernambuco e da Bahia iam ter jogos da Seleção, olha que lindo!. Eu não consigo falar o quão bonito pra mim é ter uma Seleção jogando, e seleção de Marta. A gente tem que aproveitar os minutos finais que temos com a Marta. Tudo passa, sabemos que hoje ela não joga como ela jogou, mas, sem comaparar aos homens, no ápice dela, ela foi só uma. Sabemos que o Neymar, no ápice dele, pude ver jogos dele, vi os jogos do Messi e do Ronaldinho, vi o Ronaldo em fim de carreira, mas a gente que gosta muito de futebol tem que aproveitar esses últimos momentos desses ícones. Tinhamos a Marta, a Cristiane, tivemos a Formiga e entre outras atletas, elas chegaram literalmente do nada e elas conseguiram tirar isso. Será que se tivermos bases e torneios não conseguiremos mais meninas?'', relembrou a treinadora. 

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