Operação Indignos: Justiça aceita denúncia contra 16 pessoas acusadas de organização criminosa e lavagem de dinheiro

A Justiça da Bahia aceitou a denúncia do Ministério Público (MP-BA) e do Gaeco contra 16 indivíduos, acusados de integrar uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro, sonegação de impostos e outros delitos. As investigações revelaram ligações do grupo com o tráfico de drogas e o homicídio de um importante traficante de drogas sintéticas do estado. Seis dos denunciados tiveram a prisão preventiva decretada.

De acordo com o Gaeco, a organização, liderada por Rodolfo Borges, utilizava empresas fantasmas, compra de obras de arte e imóveis em nome de terceiros, além de transações em marmorarias e ferros-velhos, para lavar o dinheiro proveniente do tráfico.

Além de Rodolfo Borges, foram denunciados Verônica Teixeira dos Santos, Paulo César Conceição da Silva, Arlisson Alves Cruz, Lucas Pinto dos Santos, Ingrid Saraiva dos Santos Cruz, Jorge Raimundo Arcanjo Salgueiro dos Santos, Valdimir Neves Santos, Ana Paula Araújo Farias, Walace dos Santos Poli Silva, Lázaro Freitas Cerqueira, Rose Mary Conceição Damasceno, Jéssica Barreto dos Santos, Damião da Conceição, Alex Rios Costa e Odair Santos Brito.

A denúncia é resultado da "Operação Indignos", liderada pelo Deic da Polícia Civil, que desmantelou a liderança e o núcleo principal do grupo criminoso na Bahia em janeiro de 2025. As investigações apontam que o grupo comandava uma série de crimes, incluindo extorsão mediante sequestro e o assassinato de Ivan de Almeida Freitas, o "Ivanzinho", ocorrido em agosto de 2023. Ivan era sócio de Rodolfo Borges, também conhecido como "Bené" ou "Zeca", apontado como o líder da organização e responsável pelo controle do abastecimento de drogas em Amaralina (Salvador) e Portão (Lauro de Freitas).