Entre crises e noites tranquilas, veja linha do tempo da saúde do papa Francisco em um mês

Publicado em 14/03/2025 às 17:29:49
Entre crises e noites tranquilas, veja linha do tempo da saúde do papa Francisco em um mês

O Papa Francisco completa nesta sexta-feira (14) um mês de internação, o período mais longo desde que assumiu o pontificado em 2013, devido a uma pneumonia que afetou ambos os pulmões.

Aos 88 anos, o pontífice enfrentou um quadro de saúde instável desde 14 de fevereiro, quando foi hospitalizado com bronquite. Exames posteriores revelaram pneumonia bilateral, acompanhada de crises de insuficiência respiratória, seguidas por uma lenta e gradual recuperação.

A internação teve início em 14 de fevereiro, com um diagnóstico inicial de bronquite e febre baixa. Nos dias seguintes, a situação se manteve estável, porém complexa, devido a uma infecção polimicrobiana nas vias respiratórias.

Em 18 de fevereiro, foi confirmada a pneumonia bilateral. Apesar da complexidade do quadro, o Vaticano informou que o Papa se mantinha "bem disposto". Exames realizados em 19 e 20 de fevereiro indicaram uma "leve melhora".

No dia 21 de fevereiro, a equipe médica, em coletiva, ressaltou a fragilidade do paciente devido à idade, mas descartou risco de morte. Francisco não estava acamado, mantinha o bom humor, respirava sem auxílio de aparelhos e apresentava boas condições cardíacas.

Contudo, em 22 de fevereiro, o Papa sofreu uma crise respiratória prolongada, necessitando de alto fluxo de oxigênio e transfusões de sangue devido à baixa contagem de plaquetas e anemia.

Entre 23 e 25 de fevereiro, a situação se manteve grave, mas sem novas crises respiratórias. Houve sinais de insuficiência renal, causando preocupação, mas os boletins indicaram "noites tranquilas" e maior tempo de descanso.

Nos dias 26 e 27 de fevereiro, o Vaticano informou uma "melhora leve", com o fim da insuficiência renal. A complexidade do quadro, no entanto, exigia mais dias de estabilidade clínica.

Em 28 de fevereiro, o Papa teve uma nova "crise respiratória isolada", seguida de vômito com aspiração e agravamento repentino da condição respiratória, necessitando de ventilação mecânica não invasiva pela primeira vez.

No dia 1º de março, a situação se manteve estável, alternando entre ventilação mecânica não invasiva e oxigenação de alto fluxo. O Papa continuou se alimentando e fazendo fisioterapia.

Em 2 de março, Francisco permaneceu estável e dispensou a ventilação mecânica, chegando a se reunir com o cardeal Pietro Parolin.

No entanto, em 3 de março, sofreu dois episódios de "insuficiência respiratória aguda" devido a um acúmulo de muco endobrônquico, necessitando novamente de ventilação mecânica não invasiva.

A partir de 4 de março, o líder católico apresentou um quadro de saúde estável, sem novas crises respiratórias ou broncoespasmo, com noites tranquilas.

Em 6 de março, com a condição estável, iniciou fisioterapia para melhorar a mobilidade e emitiu uma mensagem de áudio aos fiéis.

Entre 7 e 9 de março, o estado de saúde permaneceu sem crises, apresentando "leve e gradual melhora", sem febre.

Em 10 de março, a equipe médica retirou o "prognóstico reservado", indicando uma maior confiança na recuperação, embora sem previsão de alta.

De 11 a 14 de março, a melhora gradual continuou, com o Papa permanecendo estável e uma tomografia de tórax confirmando a evolução positiva do quadro de saúde.