Em meio à guerra de tarifas, Lula estará na China no dia 13 de maio, confirma Planalto

Em meio à escalada de tensões comerciais globais, impulsionada pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, o presidente Lula se encontrará com o presidente chinês Xi Jinping no dia 13, na China. A confirmação foi feita pelo embaixador Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República.

Embora a pauta da reunião bilateral ainda não esteja definida, Amorim reconheceu que as tarifas americanas, que afetam produtos chineses, brasileiros e de outros países, devem surgir na discussão, dada sua relevância no cenário econômico atual.

O encontro entre os líderes de Brasil e China, que são importantes parceiros comerciais e membros do BRICS, também deve abordar propostas de paz para conflitos internacionais.

A visita de Estado de Lula a Pequim terá foco na agenda bilateral, sem necessariamente estar atrelada ao Fórum China-Celac, cuja data ainda não foi confirmada. Além da reunião com Xi Jinping, o presidente brasileiro terá outros compromissos com autoridades chinesas.

Durante a visita, é esperado que sejam anunciados avanços concretos na sinergia entre o PAC brasileiro e a Iniciativa Cinturão e Rota chinesa. Quanto a um possível acordo comercial China-Mercosul, Amorim indicou que o Brasil está priorizando a agenda bilateral, vislumbrando um acordo amplo, possivelmente com características diferentes de um tratado de livre comércio.

Antes de sua ida à China, Lula estará em Moscou para as celebrações do Dia da Vitória, que marca os 80 anos da rendição alemã na Segunda Guerra Mundial. Amorim ressaltou que a visita à Rússia, a convite do presidente Putin, tem um caráter de distinção, reforçando o papel do Brasil como membro do BRICS e país que, em conjunto com a China, busca soluções pacíficas para o conflito na Ucrânia.