Após apresentação de TAC, novo abaixo assinado defende realização do Samba de São Lázaro em Salvador
O Samba de São Lázaro ganhou um novo abaixo-assinado em prol da realização do evento em Salvador, em frente a Igreja de São Lázaro, no bairro da Federação.
Desta vez, a mobilização está sendo feita no site Change.org e já conta com mais de 200 assinaturas. A primeira petição pública já reúne mais de mil assinaturas. O documento será apresentado em uma nova reunião dos organizadores do Samba de São Lázaro com as autoridades baianas para a definição da festa.
Na última terça-feira (26), organizadores, agentes municipais, representantes da Polícia Militar e moradores dos prédios no entorno do largo se reuniram na Câmara de Vereadores de Salvador para discutir os rumos do evento, mas não chegaram a um acordo.
“O Samba de São Lázaro apresentou uma proposta de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se a cumprir determinadas regulamentações legais para garantir a harmonia entre os envolvidos.
Foi decidido que uma nova reunião será marcada (ainda sem data definida) para analisar detalhadamente a proposta apresentada. No entanto, ficou claro que as denúncias de perturbação do sossego, desordem no trânsito e outros problemas não são de responsabilidade do samba, que é realizado de forma gratuita e aberta ao público.”
De acordo com Thiago da Silva, um dos organizadores do evento, apesar de apoiarem o Samba, a questão do horário da festa ainda é um ponto de tensão, já que comerciantes e público não concordam com a redução do horário, enquanto moradores pedem que ele comece mais cedo para evitar barulho até a madrugada na região.
O BN teve acesso aos documentos do Samba de São Lázaro, que garantem a autorização de órgãos da Prefeitura de Salvador para a realização da festa, entre eles da Semop para o uso do solo, da Secis, da Limpurb e da Sedur. Quanto à Transalvador e a Semob, o evento teve dispensa de aprovação.
“Reforçamos que o samba é mais do que um evento cultural: é a fonte de sustento para muitos pais e mães de família, que hoje enfrentam vulnerabilidade social devido à intensa fiscalização e à queda nas vendas. Os custos de produção do samba recaem integralmente sobre os vendedores, que já lidam com desafios financeiros significativos. Fazemos um apelo para que o poder público seja ágil na resolução dessa questão, compreendendo a importância do samba como patrimônio cultural e fonte de renda para tantas famílias.”